sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

domingo, 31 de outubro de 2010

Mulher: A Força Esmagadora

Referenciando a mulher a partir da perspectiva metrô.
A PRÉ-CATRACA - Esta é a melhor apresentação da mulher em sua forma esplendorosa, elegante e aromatizada.
Avistá-la em seu caminhar suave, pé ante pé, ou então na fila para adentrar a estação, e, ainda, observar a perfeita delicadeza com que pega o bilhete na carteira. ENCANTAMENTO ÚNICO.
Porém, ao aproximarmo-nos da plataforma,
 enxergaremos milhares de outras mulheres que por ali passarão.

A DESCOLADA
Ela não quer se inserir ou ser inserida no tumulto do empurra-empurra.
Deslocasse para um canto esperando vários e vários trens passarem, aguardando o momento adequado para embarcar.


A ESMAGADORA
Não há meio termo para esta. O metrô lotadaço encosta. Ou ela vai neste ou ela vai neste. O sinal sonoro já soou. Na frente dela há várias pessoas. Algumas param, outras ainda tentam entrar. A esmagadora desenvolveu um método de embarcar. Entra e carrega todas com ela. As que querem e as que não querem.



A TRANSFORMISTA

Em pé ou sentada, sem cerimônia,
saca da bolsa um estojo kit maquiagem
repleto de pinceis, espelho, rímel,
corretivos, blush e batons em diversas cores.
Em minutos, pinta os olhos, "reboca" o rosto,
passa gloss nos lábios.
Penteia e arruma os cabelos,
põe brincos.
Drag queen ou top model?
A nada GOSTOSONA

Nos vagões você nunca distingue
se ela é tipo modelito magra
ou tipo "raimunda" boazuda.
A visão é superficial.
Ou melhor, superior. Literalmente.
Só se enxerga dos ombros para cima.

AMIGA DO PEITO

Por falar em ombros,
umbigos e outros atributos
que saltam aos olhos,
acredito que algumas desçam do metrô
com os seios saltados para fora da blusa.
Já que usam decotes generosos
que vão até...



...o umbigo.

A CULTURAL e INÚTIL
 Ler num vagão lotado, e em pé, é para poucas. Porém, aquela possuidora de tamanha cultura não mede esforços para exercitar o cérebro. Contudo, não os músculos. Aliás, esforço pouquíssimo, quase nulo. Apóia-se em uma pessoa aqui, em outra ali e mergulha em sua leitura sem se preocupar com o mundo alheio.


BAILARINA - Na hora do rush é impossível fixar-se num único lugar no vagão.
É um tal de dança das cadeiras. Ou melhor, dos pezinhos. (Melhor desenhar).

A bailarina (sinalizado em verde) - em dez minutos
percorre um metro quadrado no metrô

A FAVORECIDA

Possuidora de uma avantajada bunda,
capaz de "servir" a três passageiros
 ao mesmo tempo, chegando a criar
situações constrangedoras
- para ela e para nós homens.
Por que não?

MARIA VAI COM AS OUTRAS

Chega uma hora que o vagão tem lotação totalizada. Caber mais uma pessoa é imaginável. Aquela que estacionou
na porta do lado esquerdo,
a Maria vai com as outras pessoas
são arremessadas para o lado direito.
A TRESLOUCADA
 O corre-corre do dia a dia, às vezes, coloca a mulher numa posição indelicada, forçando-a em determinados momentos a ser egoísta, primitivista, sanguesista. Ao abrir as portas do metrô, e, entre bolsadas, cotoveladas, gritaiadas, se vê uma mulher sem delicadeza, sem a postura elegante conforme descrevi no início deste texto.
Olhando a correria na foto acima 
poderiamos dizer que "elas" estão completamente tresloucadas.
    

A SONHADORA

Acredita ser capaz de descer
na estação desejada.
Não se prepara.
Não se adianta.
Lógico que
não consegue.

 "Próxima estação..."


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Isis e Silvestre são Fogo!!!

CARTA DE INTENÇÃO AO HOTBOX

Quando me convidaram para ser integrante do HotBox me avisaram que eu teria que fazer uma carta de intenção de próprio punho, duas coisas passaram por minha cabeça.
Na primeira pensei: “Caramba!, ninguém vai entender minha letra”.
A outra foi: “Será que meu perfil será avaliado por uma grafóloga?”.
Conhecendo um pouco do HotBox, um grupo jovem e moderno, nem duvidei por deduzir que estariam avançados a este ponto.
Não escondo o orgulho de fazer parte deste grupo de pessoas camaradas como eu. Integras como eu. Respeitadoras como eu. Podemos acrescentar mais umas doses de simpatia, afeição e “largadon” – na verdade, aventureiro. Essas doses cabem a mim, lógico.
Meu comprometimento com o HotBox será uma via de mão dupla, aonde termina o meu, começa o do grupo, que podem contar comigo sempre! Principalmente em questões como solidariedade, amizade, cooperação,...
Discordo que para haver união depende-se de um ou de outro integrante. Sem a participação e a parceria de toda a unidade não há união.
Esperar que apenas o presidente, ou a diretoria, tome alguma iniciativa para qualquer coisa, é um erro. A liberdade de cada está acima de qualquer regra. Acredito que o grupo compartilhe este pensamento comigo. O importante é agir com responsabilidade, do peso de estar usando o colete e o nome do HotBox. E é isto que se apóia meu lema.
Vejo o HotBox, assim como alguns outros motos clubes que conheço, como uma família. E família é isso: uns se identificam melhor com um que com outro; brigam mais com este que àquele; têm mais liberdade com tal; e, outras tantas coisas. Portanto, não hora do aperto, é aí que sabemos “que podemos contar com a família”. E é isto que eu espero do HotBox e tenho a oferecer ao grupo.
Baseado nestes preceitos que pretendo comungar – na saúde e na alegria -- desta família HotBox.

Marcelo “HotBox” Silvestre


quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ao Acaso

É assim que eu defino nossos encontros e desencontros.
Talvez nos vejamos em algum lugar comum que freqüentamos.
Nem é tão difícil um encontro assim. Por acaso.
Percebo a dificuldade de um encontro de cartas marcadas.

Sem agendar, sem planejar.
O difícil é combinar algo e certo dar.
Como caminhamos de formas parecidas, cada um no seu jeito, no seu ritmo, no seu modo de ser e na independência individual de cada um.
Não é certo que eu lhe cobre algo que eu próprio me sentiria acuado ao ser cobrado.
Sou uma pessoa "rueira" em alguns sentidos. Desconheço um pouco seus hábitos neste sentido.
O que sei e faz sentido, - e é visível -, é o seu asseio em ser mais caseira e contida.
(Estou ficando um pouco cansado – escrever, pensar, musicar... - se tinha mais a falar,
por ora, vou me calar).
Sabemos quais os lugares que ambos freqüentam.
Sei que a qualquer hora em algum lugar (a seguir: link Em Algum Lugar) vamos estar.
 

Que seja
sem cobranças,
sem compromissos,
sem combinações.
Nos trombamos por aí.
Mais fácil deixar ao acaso.

terça-feira, 20 de julho de 2010

PROGRAMAÇÃO DO 10º FIP- Serviço

10º FESTIVAL DE INVERNO DE PARANAPIACABA - 2010
Todos os shows são gratuitos. Sempre a partir das 11h.

DIA 17 (sábado)
Léo Maia, às 15h, no campo de futebol
Lulina, às 16h30, no Clube União Lyra-Serrano
Fernanda Porto, às 18h30, no Antigo Mercado
Ed Motta, às 19h30, no campo de futebol

DIA 18 (domingo)
Ana Cañas, às 15h, no campo de futebol
Zeca Baleiro e banda, às 18h30, no campo de futebol

DIA 24 (sábado)
Isabela Taviani, às 15h, no campo de futebol
Zélia Duncan, às 19h30, no campo de futebol

DIA 25 (domingo)
Virginia Rosa, às 18h30, no Antigo Mercado
Irmandade do Blues, às 18h30, no campo de futebol
Maria Rita, às 19h30, no campo de futebol

Novos talentos da música e de outras artes da região do Grande ABC, às 12h30, no Clube ULS, na sessão “Revelações”
Juliana Lima (dia 17)
Éder Palmieri (dia 18)
Roberta Tiepo (dia 24)
Thais Helena (dia 25)

*Veja também outros espaços e horários a serem definidos dentro da programação do festival.

sábado, 17 de julho de 2010

EXPRESSO PARANAPIACABA - Editorial

Erguida em meados de 1859, onde serviria de sede para a construção de estrada de ferro, a Vila de Paranapiacaba é um marco na história cafeeira do Brasil. Após a instalação da ferrovia, que se tornou o principal meio de transporte para o escoamento do café do estado de São Paulo até o porto de Santos, elevou o país ao progresso sócio-econômico através da exportação e importação. Hoje, Paranapiacaba está tombada pelas três instâncias governamentais: municipal, estadual e federal. Importante destino turístico cultural, a Vila Ferroviária, como é conhecida também, terá uma estação de trem do Expresso Turístico, inauguração prometida para 18 de julho, coincidindo como o Festival de Inverno de Paranapiacaba.


O turismo cultural tem seu ponto forte nos festivais de inverno, que neste ano está na décima edição e acontecerá nos dias 17, 18, 24 e 25 de julho (veja programação a seguir). Com a novidade do Expresso Turístico o visitante poderá desfrutar de conforto, segurança e agilidade para acessar a Vila por via férrea.

Visitar Paranapiacaba é uma viagem no tempo. A Vila foi colonizada pelos ingleses e possui arquitetura mista. À época, o Barão de Mauá convenceu o governo imperial que era essencial e importante a construção de uma estrada de ferro ligando São Paulo ao porto de Santos. Para a construção e exploração da ferrovia foi criada a empresa inglesa São Paulo Railway Co.. Para quem vai conhecer Paranapiacaba pelo seu patrimônio arquitetônico, encontrará um urbanismo geometricamente planejado com ruas largas, porém com estreitíssimas calçadas, ou sem nenhuma. Suas casas inglesas pré-fabricadas de madeira em estilo vitoriano, algumas construções em tijolos aparentes, onde funcionavam as oficinas. Há um relógio enigmático, réplica do Big Ben londrino, bem ao lado da estação do Viradouro.

Caminhar nas tardes por Paranapiacaba pode ser acometido por uma agradável surpresa. De repente, um nevoeiro dá o ar da graça. Qual seria novidade se o ocorrido acontecesse em alguma cidade do sul do Brasil? Nenhuma. Este fabuloso cair de neblina, tipicamente transladadas sensações deliciosas das tardes de inverno londrino e com uma linda paisagem bucólica pode ser apreciado na Vila, distante 73 quilômetros e à uma hora e meia da capital. Pensar que este fenômeno climático acontece somente neste período do ano é um engano. Paranapiacaba possui este clima peculiar – e exótico – quase que diariamente por todo o ano, inclusive no verão, por estar incrustada na Mata Atlântica e no topo da Serra do Mar.

Paranapiacaba é tombada pelo Patrimônio Histórico, Arqueológico-Urbanístico e Paisagístico, Artístico e Cultural, Turístico e pertence ao município de Santo André, informou Carlo Roberto Panini, diretor do Departamento de Turismo. Poderia também ser tombada pelo Patrimônio Ambiental. Através de seu ecoturismo, pode-se vislumbrar o que a natureza tem de melhor. Suas paisagens, as cachoeiras, fauna e flora. A prática do turismo pedagógico e direcionado propicia a preservação do meio ambiente. A Vila recebe, freqüentemente, biólogos, estudantes e ambientalistas para estudos da biodiversidade. Vale a pena conhecer o Museu do Castelinho, casa construída em 1897 onde hospedava o engenheiro-chefe da Railway. Atualmente abriga o Centro de Preserva da Memória de Paranapiacaba que reúne objetos usados no período dos ingleses. Pare para escutar a história da construção e administração, sobre como ele controlava tudo ali do alto, saber da interessante distribuição e os motivos das cores em cada ambiente da casa. Aos fotógrafos de plantão, dá para fazer umas boas imagens. Do mirante tem vista total da vila e parcial da Cidade de Cubatão e da Serra do Mar. Paranapiacaba significa, na língua tupi-guarani, lugar de onde se vê o mar.


   Outro museu a ser visitado, o Funicular, o turista encontrará no passeio a pecualidade na recuperada e boa velha maria-fumaça. Pensar que vai descer a serra, ou ao menos chegar perto e poder precipitar da vista da Mata Atlântica, esqueça. O roteiro segue por um trecho muito curto e se vê pouquíssimo da serra. O bem desenvolturado monitor-bilheteiro explica com detalhes o sistema funicular, o antigo e o atual. Mas os detalhes cansam e se perdem em termos poucos usuais e sem muita importância para o turista. Aproveite para registrar belas fotografias, na composição com bancos em madeira e detalhes em ferro bem cuidado e, também, ao lado do vagão e da maria-fumaça. Não vale pelo pequeno trecho e pelo blá, blá, blá do bilheteiro. O Passeio conta também com o museu que guarda objetos, máquinas, locomotivas maria-fumaça e vagões imperiais, construídos para transportar D. Pedro II. O Espaço tombado desde 1987 abriga a Locomotiva 15 (1862), a segunda mais antiga do Brasil. Portanto, o museu está fechado temporariamente para reestruturação.

   Para quem pretendem visitar Paranapiacaba pelo ecoturismo existe uma vasta opção de atrativos. Muitos são monitorados e necessitam de agendamento prévio. Bem diversificado, indo de caminhada leve até as que chegam a durar 8 horas. Há também a caminhada noturna, canoagem, rafting, arborismo, rapel, tirolesa. O turista encontra outras aventuras como: montanhismo, mountain bike, off-road e MotoCross.

   Da parte alta, cruzando a ferrovia, do outro lado da Vila, o visitante avistará a ferrovia, estação, locomotiva e ter um panorama geral da parte baixa. Após atravessar a passarela, na curva para esquerda, no início da subida há um boteco tipicamente português com objetos e fotos do time da Lusa, o que também vale a parada para tomar fôlego e uma coca de garrafa de vidro antiga.