quarta-feira, 9 de março de 2016

Uma Porção de Bactérias, Por Favor!


Vivemos em um mundo moderno. Tecnologia de ponta de última geração. Máquinas robotizadas substituem o homem, sem qualquer contato manual com o produto. Tudo automatizado.

Produção de alimentos? Total higiene e sem contaminação.

E o ar que respiramos, por que sofremos tanto nos dias de hoje? Produtos feitos a base de água que não afetam a camada de ozônio - tanto é, que os inseticidas, em momento de dengue, zika e chikungunya, não fazem qualquer efeito contra o mosquito. 


 A conservação ambiental impede que se faça uma pulverização geral, pois o veneno em meio a urbanização afetaria todo um hemisfério de cadeia alimentar.
O ciclo de algumas vidas.


                                                                 
Dengue, zika e chikungunya - o ciclo de algumas mortes.

Indústrias, aquelas citadas acima, avançadíssimas tecnologicamente, despejam milhões, bilhões, trilhões de dejetos poluentes e contaminantes nos rios, sem quaisquer tipo de tratamento. 
Impossível contabilizar quantitativamente a mortalidade de peixes e outros seres viventes desses rios.
Tragédia múltiplas - A barragem da Samarco/Vale do Rio Doce rompida em Mariana-MG inundando uma cidade inteira e correu e escorreu rio afora e mar adentro contido em suas águas minérios fatalizando mais e mais seres viventes.
Lúcio Barbosa já dizia: /Criança com pé no chão aqui não pode estudar/. Na escola não pode pisar. Em casa, imagine colocar as mãos no chão.
Desse jeito fica impossível de uma criança adquiri anticorpos. Já não nascem mais em "manjedoura" em casa. A sala cirúrgica é completamente esterilizada. Sem suores nem espirros.
Pós parto complementado de outros tantos cuidados. O bumbum dos bebês, a cada troca de fralda, é limpo com lenços umedecidos - com aloe vera na sua composição. Qual será o efeito  da substância no dito cujo?

Admito! Me previno também. Dentre meus pertences, mantenho estrategicamente a posto no carro gel antisséptico para limpar as mãos. Um, carrego na mochila por minhas andanças.
Cheiro aromatizante! Quem não gosta? Entre luvas, toucas, botas e máscaras e viver numa bolha de plástico, prefiro respirar sem sentir algum cheiro aromatizado.

Mas preciso gritar: 
"QUERO MEUS ANTICORPOS NATURAIS DE VOLTA".


Eis que numa dessas andanças entrei em uma padaria requintada com funcionários usando as tais luvas, toucas e até máscaras. 
  _Boa tarde, o que posso servir? Me questionou o encapuzado.
Num boa tarde cortês, respondi: 
  _Uma porção de bactérias, por favor!


Puxa vida.
 Nunca mais ouviu-se notícias de se encontrar uma mosca na sopa. 
Ou um cabelo no arroz.

Cadê o pelo do saco do feijão?

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