Pode até ser um pedaço de pano comprido qualquer, somado ao fator surpresa e a baixa iluminação de luz mercúrio da época -, confundi qualquer tico e teco cerebral.
Agora imagine você numa bike em velocidade rápida em um acostamento de via de mão dupla e, de repente, se deparar com uma cobra verde de verdade.
De caso (impensado) seria se jogar na pista sem ao menos saber se logo atrás vem um carro ou caminhão, nénão!!?
Mas não foi nada disso que aconteceu. Não me joguei embaixo de veículos algum, até porquê, senão não estaria contando esta história.
Da teoria para a prática, deu tempo de freiar diminuindo a velocidade, olhar no retrovisor, passar para o meio da pista, e, contornar a serpente ameaçadora. #SQN. Parei mais à frente para observá-la, e como não podia deixar passar em branco, registrar o fato.
Detalhe: a cobra se encontrava morta.
Ah sim! Isso me fez lembrar do episódio inicial da narrativa deste texto.
Na minha infantilidade de criança, jamais passaria pela minha cabeça que alguém pudesse se assustar e ter um troço e desmaiar pelo susto. Como também não imaginava que aquela linha amarrada no pedaço de pano cuja trajetória terminaria atrás de uma coluna, onde eu e algum cúmplice nos escondíamos, justamente na minha casa - revelaria os autores daquela "pegadinha". Para nós, era apenas uma brincadeira.
Dona Celi, após se recompor do susto, surpreendentemente atravessou a rua e aos berros xingou e a falou coisas indecifráveis #@#/¥₩###. Ríamos muito, até o momento em que escutei: "vou falar para a tua mãe!".
Do êxtase das risadinhas ao tremor e a paralisia foi quase que de imediato.
Passei a enxergar aquela vizinha de olhos verdes e cabelos claros encaracolados, tal qual uma serpente. Apesar que até hoje nunca ter visto uma cobra de cabelos encaracolados...
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