domingo, 17 de março de 2024

O Resgate Num Momento de Fraqueza

Resgatada recentemente — Esta gatinha toda amorosa tem aproximadamente 1 ano de idade. A seguir vou narrar como tudo aconteceu...

Trepada no telhado — tomamos ciência da bichana justamente no  período que ela estava no cio. O nosso quintal foi o escolhido para os acasalamentos. Presenciamos ela copulando pelo menos com 2 gatos.
Cuidados até o parto — Após vê-la por ali durante dois dias sem se alimentar e nem ao menos beber água, passamos a dar comida e atenção a gatinha que inclusive a nomeamos como Pipoca. Passado 71 dias dos acontecimentos, ela pariu. 
Marinheiro de primeira viagem — Sem noção e nem experiência com pet fui atrás de informações — pesquisa daqui, pesquisa dali — preparei de 2 a 3 possíveis lugares para ela dar cria. Mas nenhum desses foi contemplado.
A escolha — Ela preferiu pari num vão entre uma parede e o guarda-roupas. Porém, pela dificuldades, dores e esforços do parto ela foi se movimentando e largando os 3 primeiros recém-nascidos aleatoriamente.
 Depois que se acalmou, encostou num espaço entre umas caixas e terminou seu trabalho de parto. Maternidade e berçário definidos! Respeitado e mantido por 4 semanas.
Evolução — No total nasceram 7 gatinhos. Passado 2 1/2 semanas, já  se percebia a evolução dos bichanos fisicamente: crescidinhos e peludinhos. Alguns abriram os olhos, emitiam pequenos sons, mas havia pouca mobilidade.
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Atormentada — Não era um dia comum. Agenda com vários compromissos a serem cumpridos, precisávamos nos ausentar da casa. Neste dia a Pipoca estava bastante agitada. Pedia colo, ficava cruzando nosso caminho por onde íamos e chegou a se pendurar nas pernas. Contudo a loucura do dia a dia nos cegou para a situação da Pipoca.
Aula prática —Porém, foi no dia seguinte que notei a gata-mãe diferente: inquieta, carente, necessitando atenção, atormentada... Fui fazer uma visita no berçário e ver como estavam os bebezinhos. Logo a gata-mãe apareceu. Era sempre o mesmo ritual, ela chegava e se ajeitava no mesmo canto, onde os gatinhos já se aninhavam para mamar. Porém, não foi o que aconteceu neste dia. Ela sentou do lado oposto do habitual e com alguns gestos e miados olhando para mim, me mostrava e apontava os filhotes.
Aperto no coração — A mensagem que ela transmitia era: 'olhe, algo está diferente – me ajude!'. Observei, analisei e contei. Faltava  um filhote no ninho. — Caramba!!! Como???
A busca começaEla tbm procurava fuçando com seu faro... Afastamos todas as coisas pelo caminho, abrimos armários e esmiuçamos por todos os cômodos da casa — caso ela tivesse levado o filhote para algum outro canto por ali, o encontraríamos. Constatação: o gatinho sumiu!
Possibilidades — 1:- algum gato da rua o
 pegou e o levou. A casa possui 2 portas em extremos distantes, sendo que o gatuno poderia entrar sem ser percebido — até mesmo pela própria mamãe-gata — num momento de relax da Pipoca na parte detrás do quintal.
2:- o gatinho ficou doente/morreu e ela o tirou do local durante nossa ausência.
Se tiver alguma sugestão, manda ae!
Luto — A Pipoca ficou jururu durante 3 a 4 dias. Mantinha-se prostata olhando no vácuo por horas, não aceitava nosso carinho, estava ressabiada, deixou de alimentar-se por um dia e também regurgitou.
Sugada ao extremo — A gata-mãe está bem, apesar de acharmos ela magra e sugada demais,  sentimos a bichinha sem energia — também,  toda vez que entra no berçário os gatinhos grudam nela para mamar. Sua dose diária de alimentação foi dobrada e reforçada.
Doação pós desmame — Os gatinhos estão uma graça. Modificamos o berçário para creche. Montamos um playground gatino que os fazem se movimentar melhorando o equilíbrio e a firmeza das patinhas. 
Mais algumas semanas e eles deixarão de mamar na teta.
Prontos para serem adotados.
Faça sua escolha e reserva.
São no total seis gatinhos de sexo variados. Realmente a gata-mãe está fora dos planos de doação. Mais de 2 meses foram suficientes para termos nos apegados em armor por ela. E ela por nós - pois ela que nos escolheu, afinal ela foi resgatada num momento de fraqueza: dela e nosso!

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